Partindo do convite da Poliane (Rumorejo), que me convidou para participar de um meme indicando cinco lugares interessantes para se conhecer onde moro, apresento esta particular lista de cantos rondonienses que julgo legais para se conhecer.
Talvez alguns que conhecem o estado estranhem a falta na lista de lugares como o Real Forte Príncipe da Beira ou o Rio Guaporé. Esclareço, entretanto, que me prendo aqui a lugares que já visitei.
Vale das Cachoeiras é uma região a 30 quilômetros de Ouro Preto do Oeste, cidade onde moro, no interior do estado, repleta de belas cachoeiras. É uma região com muitas fontes de água e algumas colinas, que acabam proporcionando o belo espetáculo. O destaque fica para uma linda cachoeira de 30 metros de queda.
Parque Chico Mendes é uma reserva municipal a cinco quilômetros do centro de Ouro Preto do Oeste. Nela fica o morro Chico Mendes, de cerca de 450 metros de altura, coberto de vegetação nativa, que proporciona, de seu topo, belas vistas diurnas e noturnas, além de possuir algumas trilhas. A reserva se comunica com outra reserva, que abrange mais dois morros grandes, cobertos de vegetação. É uma bela área verde que se pode ver da cidade, e que é muito agradável para se contemplar e visitar. Um oásis de preservação em meio à destruição ambiental em Rondônia.
Porto Velho é a capital e principal cidade do estado. Aponto como um dos principais locais para se visitar na cidade a antiga estação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. O passeio de trem foi desativado há vários anos, mas ainda é possível conhecer o ponto inicial da ferrovia, alguns trens e outros objetos históricos relativos à estrada. O rio Madeira é um ponto de parada obrigatório para quem visita a cidade. Trata-se de um rio enorme e volumoso, com algumas corredeiras rio acima de Porto Vilho (que possibilitam interessantes passeios também), e fica especialmente belo no final da tarde (na foto, o pôr-do-sol visto do rio).
Guajará-mirim é uma cidade que me impressiona e me faz refletir sobre glória e decadência. Já foi a segunda em importância da região, mas hoje é uma mera pequena cidade de fronteira. Do ponto de vista histórico é um ótimo passeio. Há construções do início e da metade do século XX e é o ponto final da EFMM, também tendo uma coleção de objetos históricos desta. Durante a viagem para a cidade, possível por terra atualmente apenas pela rodovia, passa-se perto de trechos abandonados da antiga estrada de ferro, cruzam-se estreitas pontes feitas para trens, inclusive uma que fica ao lado do encontro de dois rios - uma ótima vista! As construções que refletem a grandeza de outrora da cidade (como a bonita catedral da foto abaixo) contrastam hoje com ruas vazias e prédios do comércio abandonados, devido à última rápida ascensão e queda da cidade, que ocorreu na época do apogeu de sua zona franca de comércio. O turismo ecológico também é uma boa opção, principalmente por envolver passeios de barco pelo rio Mamoré, incluindo algumas corredeiras. As belezas naturais incluem ainda a chapada dos Pacaás-novos.
Cacoal é uma cidade que ilustra bem o desenvolvimento recente de Rondônia. De uma população de 8.000 pessoas que vieram para a região em 1974 morar em barracos à beira da BR-364, surgiu um município hoje com quase 80.000 habitantes e uma vaga no índice das cidades com melhor qualidade de vida da região norte. É óbvio hoje que a colonização da década de 1970 e os investimentos federais na região não criou apenas cidades organizadas e prósperas, mas Cacoal é um dos exemplos que deu certo.
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Festival Folclórico Pérola do Mamoré começa nesta sexta em Guajará-Mirim O festival folclórico de Guajará Mirim – "Duelo da Fronteira" que reúne durante três dias (8, 9 e 10), na quadra da Policia Militar os Bois-Bumbás Flor do Campo X Malhadinho, começa na noite de hoje com a apresentação a partir das 22 horas do bumba Flor do Campo, seguido do Malhadinho, a partir da meia-noite.